Fama e Fortuna #1



Há um ano atrás (estou-me a borrifar se não gostam "atrás"; para mim é "atrás"! Está?), era eu um renovado desempregado, escrevi umas coisas muito giras na intermet. Agora, à pala de humor fraco, com frases longas e complexas demais, e descontextualizado, lancei aqui esta página.

As boas notícias é que eu agora estou muito melhor na vida. Há um ano ATRÁS eu pensava para mim "ainda hás de te rir disto". Acertei. Rio-me, sim senhor.

Afinal, hoje tenho um confortável part-time a dar prazer a turistas com a boca. Quantos se podem gabar disto? Apenas os privilegiados! Hoje, essencialmente, sou alguém que pede na rua, mas de forma chique. Já não trabalho de graça 100% do tempo. Agora reduzo-me a trabalhar de graça uns meros 85% do tempo.

Ah, e se eu fosse uma quenga (e não serei?), era a quenga mais feia deste cabaret. É que eu só trabalho quando as restantes putativas quengas já estão demasiado gonorreicas.

Vamos lá ao que interessa: agora que estou desempregado há um ano, decidi que o anonimato e a pobreza, por apelativas que sejam, não são para mim. Com este talento todo que vossemecês podem verificar em escassas linhas que vos ofereço... Com esta enorme capacidade produtiva de cocós do intelecto... Com um computador ainda a largas semanas de dar definitivamente o berro... Vou facilmente conquistar Fama e Fortuna. Deixarei escritas as minhas memórias ocasionais, para deixar em crónica esta pacífica escalada até me tornar uma figura pública incontornável à escala universal. Vai ser tão fácil, que poderá ser aborrecido. Quase tenho pena dos jovens que daqui a 120 anos vão estudar isto em Português C no 11º ano. Aprendam, crianças. É assim que se faz...

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