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A mostrar mensagens de novembro, 2019

O Espirro (Peça de Teatro de um minuto)

Pequeno estabelecimento comercial. Na direita, um cliente dirige-se ao balcão, no qual o aguarda uma simpática lojista. Lojista ( Sempre sorridente. ) – Boa tarde! Em que posso ajudá-lo? Cliente – Boa tarde. ( Entrega um postal, que tenciona pagar com cartão bancário, que segura. ) Quanto é? Lojista – Com cartão…? Tenho o Multibanco a carregar, mas trago-o já. ( Sai pela direita. ) O cliente começara a reter um espirro, mas não consegue mais contê-lo. Pousa o cartão no balcão, espirra e verifica que tem a mão direita coberta de ranho, pelo que começa freneticamente a procurar um lenço. Quando a menina regressa, ele disfarça, exageradamente, segurando a mão direita estranhamente. Lojista – Aqui tem, pode introduzir o cartão. Cliente – Com certeza… Só um segundo… ( Introduz, atabalhoadamente, o cartão na máquina com a mão esquerda e paga, atrapalhado. ) Lojista ( Cumprimenta-o, de mão estendida. ) – Muito obrigado! Volte sempre! O cliente hesita, de olh

Desenvolvimento Económico (Peça de Teatro de um minuto)

Uma criança está sentada à mesa, a escrever. Vai mordendo o lápis pensativamente. Entretanto, o pai entra, puxa duma cadeira, e senta-se ao seu lado. Então, a criança pergunta: Criança – Ô, papai! Eu ‘tou fazendo um trabalho p’ra escola, sobre o desenvolvimento económico do Brasil. Pai – Sim, muito bem! Que você precisa saber? Criança – Isso quer dizer que nós agora vamos poder poluir o que quisermos, invadir a Venezuela para ficar com o petróleo deles, e instalar no poder dos outros países quem nos interesse? ( O Pai sorri. ) Pai ( Rindo um pouco. ) – Não, filho, não! Nós não vamos fazer isso. Somos gente boa, aqui! Isso antes significa que vamos poder dizer aos Portugueses como se escreve a língua deles. Isso, sim! ( Aponta para o papel, como quem indica ao miúdo que escreva. ) O Pai afaga o cabelo do miúdo, que sorri e passa directamente à escrita da informação absorvida. Fim.