Sete cadeiras dispõem-se em semicírculo no palco. Seis delas estão ocupadas; uma, central, encontra-se vazia. Os ocupantes são skinheads nazis tatuados, de voz e expressão duras (género é indiferente). Falam animadamente enquanto entra em cena, da direita de palco, um outro skinhead, de expressão compenetrada. Os restantes mostram-se desconfortáveis com o atraso, mas resignados. O último segura as costas da cadeira, de braços tensos. Último – Vou ter de ir… Skin-1 – És burro?! Chegas a esta hora a uma reunião importante, e já vais? A causa não é um brincadeira, amigo! Último – Não, tu não ‘tás a entender… Isto para mim acabou. Skin-2 – Oh! Senta mas é o cu, antes que te pregue um remo nesse puto desses cornos, que te sentas já aí mansinho! Skin-3 – Ouve lá, calma! ( Para o Último: ) Mas o que é que se passou? Último ( Procura as palavras cuidadosamente. ) – Pá, os cabrões duns brasileiros salvaram-me a vida… Skins-1 – E quê?! ( Faz uma pausa, olhando o últ...